sábado, 18 de abril de 2009

O que vem primeiro o ovo ou a galinha?(essa é fácil)


É terrível quando se vai a um evento e a maior observação se concentra em tudo que deu errado, sou adepta da propaganda da coca cola, “meu copo é sempre meio cheio”, e tem outra frase que se enquadra perfeitamente, essa de Chico: “um copo vazio esta sempre cheio de ar”, mas eu tenho que falar porque me revoltou.
Um certo evento começaria as 20:30, me enrolei, embacei, passei blush, discuti a relação, ou seja: um completo stress, um descontrole, um ‘tá tudo bem, ‘tá tudo certo e uma borrifada de perfume, 21:10 saí de casa, 21:20 obviamente receosa, pois é de extrema falta de educação chegar atrasada nesse tipo de convenção, na verdade em lugar algum é de bom tom, mas brasileiro já mede seu tempo com o atraso, o que é feio, muito feio. Então eu mesmo envergonhada, mas nem tanto, porque a cara de pau foi maior, eu fui, cheguei...
Havia uma mesa muito grande no palco do anfiteatro, nesta estavam sentados umas seis pessoas, fora o convidado para ministrar a palestra, (me desculpe se eu não tinha dito ainda que se tratava de uma palestra) eis que todas aquelas pessoas foram ao microfone e falaram, falaram, falaram, falaram, (isto eu sei porque me foi relatado) é isso mesmo e falaram, falaram. Como já dito por falta de educação ou sorte eu cheguei atrasada e só ouvi o ultimo que iniciou da seguinte forma: “Desejo ser breve, pois sei que vocês não estão aqui para me ouvir” (demagogias a parte, o plural só existe porque eu achei bacana escrever assim), eu odeio quando iniciam dessa forma porque se o cara quer ser breve, já corta essa frase, ele economiza letras, tempo e suspiros e é impressionante porque geralmente esse é o que mais fala.
Solenidades, solenidades. Eu sei que são necessárias pois um evento como este necessita de patrocínio e existe toda uma burocracia por trás, mas cidade pequena e em ascensão é um problema porque todo mundo quer usar a situação para auto promoção e o que seria uma palestra acaba num comício (muito provinciano) e quem passa o carão é o convidado que só conseguiu começar a falar as 21:50h. Com 10 minutos de palestra as pessoas começaram a se levantar, não por falta de educação ou desinteresse, mas pela impossibilidade devido o avanço do horário.
A frase que mais me marcou foi: “_Bom devido ao horário vou ter que dar um salto neste assunto”, isto foi dito repetidas vezes e não a toa. É necessário prestar atenção, uma referência jornalística sai lá do programa dele com muita boa vontade, e acaba contando suas experiências para meia dúzia de gatos pingados bocejantes, não pelo conteúdo ou a forma de expor a palestra, na verdade o convidado se mostrou muito dinâmico, mas o horário não permitiu algo diferente, dado início as solenidades a casa estava cheia e acredito que todos ansiavam pelo convidado, mas uma falta de organização e bom senso estragou todo um trabalho.
Então fiquei pensando... Talvez o mal habito das pessoas chegarem atrasadas aos eventos se deva a isso, porque de verdade ninguém quer ficar ouvindo: bla, bla, bla e bajulações, porém, será que fizeram as solenidades justamente para aguardar as pessoas chegarem? Não sei, mas tudo isso é muito chato e num da pra ter uma moral da estória, mas como eu disse inicialmente sou positiva e enxergo as coisas boas nas coisas ruins, se aquele monte de gente não tivesse falado tanto eu teria perdido uma excelente palestra. Eu , minoria, acho que o lance da coca cola nem rolou neste caso.

domingo, 12 de abril de 2009

eu existo.

Aquele dia que se ouve música sózinho, sem abrir a janela do quarto, me coloco beira dos últimos acontecimentos e todo sentimento que me vem é: Je suis excessive. Quero exagerar a ocasião assentimentada em que me observo, reconheço esse meu exagero, então me recordo das aulas de literatura, me percebo nada romântica, só egoísta, nesse momento creio que minha dor é toda, ao ponto de ser impossível a dor do outro ter proporção significante.
Não quero consolo e reflito: “só sei que nada sei”. Penso: “e eu, que nem sei se nada sei”, mas outra “Pessoa” antes de mim se viu sem consolo e a originalidade não me cabe, oscilo entre o descontentamento e a insatisfação de me sentir sem “ser”, se você não entende não se frustre eu também não entendo química e é custoso analisar Hamlet - é uma tragédia.
Me sinto brega: “C'est que j'existe” .

os trechos em francês são da musica L'excessive - Carla Bruni no qual fui apresentada por uma amigo.

que vergonha




Que vergonha...

..Violenta
..Esnobe
..Repressiva
orGulhosa
..Ofensiva
..Nociva
..Horrorosa
..Ameaçadora

"Certos pavões escondem de todos os olhos a sua cauda - chamando a isso o seu orgulho."(Nietzsche)

omitir-se, mostrar-se outro, o olhar pequeno, a visão estreita, os caminhos tortos, as questões incertas, as verdades tolas, o receio inédito, o tombo na areia, a saliva seca, o conceito inóspito,
o egoísmo estérico.

vergonha
ou
orgulho?


Amor
ou
Posse?












quinta-feira, 9 de abril de 2009

Emília, Emília...


cansado de tanto método, meta,
metodologia.
De tantas formas, formalidades, formatos.
ORGIA.
De tantos conceitos, preceitos.

Quem foi que disse primeiro? O correto. O reto.
Se fosse pra ser certo, EXCETO não existiria.

Método, metodologia, mandamento, prescrição.
PA-TI-FA-RIA.

Regras, regrado, regados
A ordem, ordenados.
Apunhalados pela demagogia.

NÃO SOU CORRETO.

Não sou concreto. Não sou discreto. Sou distraído. Abstrato, a
bstraído.


IMPERFEITO.
No meu pleno dever da imperfeição.

Norma, normalidades, atividades
Prescritas.
NÃO!
Gramática? pragmática
ILUSÃO.

Sábia Emília e seus besouros...


Papel em branco




Como as histórias devem acontecer? Fico pensando... Sei que elas simplesmente acontecem, e devem ser contadas, dobradas e desdobradas de maneira a serem surpreendentes, penso que a vida de todo mundo pode ser algo incrível de se saber, o lance esta em como contar isso...
Sabe aquela viúva que passa os dias observando a vida alheia? Em minha adolescência pensava que a vida da infeliz - olha só o julgamento por infeliz, vai saber... Mas, imaginava eu que devia ser muito desinteressante a história dessa criatura - vai me dizer que você também imaginava? Será a mesma vizinha? Bom, às vezes ser espectador das coisas pode ser absurdamente intrigante, todo dia um fato novo e pode haver mais de um fato num dia... Havendo coisas simplesmente inimagináveis na vida desse ser que a faça parar seu tempo para analisar o tempo alheio.
Mas não é sobre a viúva que gostaria de falar, nem sobre o tombo que acabou de levar aquele moleque danado que insiste em malinar a todo o tempo contra os pombos da praça, não que os pombos sejam boas aves ou que sejam más, só estão lá...
Certo dia na calçada estava sentada, na verdade já tinha se levantado, mas chorava incessantemente, com certeza uma hora iria parar, bom parou obviamente, incessante é só pra denotar o quanto chorava, com o cigarro meio apagado meio aceso, acho que este só estava para contribuir com o cenário de dia chuvoso e poças que realmente combinam com quem está chorando, o fato é que como estava sentada só pode ser uma garota, cabelos úmidos da garoa e talvez mais pela tristeza desconcertante, até vestida para a tristeza a moça estava, aquele jeans surrado, um casaco longo, portando um guarda chuva vermelho, aliás a única cor que se via.
Um fato que despertou certa estranheza é que suas botas de canos longos não estavam sujas e com aquela lama toda na rua de terceiro dia chuvoso, era surpreendente a limpeza daquelas botas, na verdade toda a expressão daquela cena impressionava a quem visse, difícil é pensar que ninguém ou quase ninguém a percebesse, 3h da tarde que sejam 15h numa terça-feira quinto dia útil, um tumulto de gente, mas ninguém ou quase ninguém percebesse “aquela cena”.
A vida se supera a todo instante de hora, porque de repente não mais que de repente, ela sorriu secou o rosto com as mangas de sua blusa, ela não tinha um lenço conferindo que seu choro foi de improviso e parando de chorar, a impressão que se tinha é que nesse momento até o sol se encorajaria, embora isto não tenha ocorrido, o mal tempo continuou, mas ela... Ela foi... Foi pro mundo, vencer suas guerras, foi pros seus sonhos, assim espero, na verdade nem espero nada, a vida é dela e se ela quiser sentar ou até deitar, na sua cama ou sofá ou qualquer outro lugar e chorar novamente tudo bem, mas é como que se por algum tempo, que foi naquele tempo de hora, ela tivesse que ausentar-se da sua existência naquele choro, então olhou pro céu como num alívio, como se também esperasse o sol, embora esse como já dito não deu o ar, mas algo ela viu, algo que ninguém foi capaz de enxergar porque na verdade nem estava preocupado em ver.
Enfim, o que aconteceu? Não sei, e não importa, é como aquelas piadas enormes que se espera ansiosamente pelo que esta escrito no papel que acaba por voar no precipício... A vida é um papel em branco que voa todo dia e é forma como se conta a história é que a torna um fato.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

tédio

Bla, bla, bla...................................................................................................................,
.............................................................,
-----------------------------------,
.................................................tá, tá, tá,
.......................................taaaaaaaaaa...,
O silêncio e a demora de todo dia.......,
-------------------------------------,
Paaaaaaaaaaassa......geiro...................,
outro dia................................................,
Mastiga o tempo, a hora, o sono..........,
.....................................................o som,
...............................................................,
Tuf - tuf.................................................,

.......................................................................................................................................,

Plagio!!!.........................................................................................................................,

....................................ERR!..........................................................................................,

.......................................................Brincadeira...
...Puschi.