segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O encontro


Os dias não estão bons
As noites têm sido mais fáceis...
Pois o sono me transporta a outros mundos,
a sonhos que julgo superiores
É tão estranha a anestesia que me envolve
Não estou bem, não estou mal
na verdade penso que nem estou
Fui dar uma volta de mim
É tempo
preciso de você pra mim
se meu presente tempo é você
vou me encostar em ti
para que suavize os meus dias longos
de largos suspiros...
vou verificar a s horas relativas dos homens
e te perceber como um amante
face a face de um beijo
e aos vãos momentos que me ver
segurarei tuas mãos calejadas
de tantos outros dias cansados
da monotonia do sofrimento de amar...

E os dias melhores viram
Como também noites...
Sem ludibriagens de sonhos
Ou outros mundos, que não sejam os meus
Vou voltar pra mim
como o sol volta pro dia
sem anestesia
embriagar-me de mim mesmo
Como num reencontro amoroso
em que um instante
seja todo o tempo do mundo
e todo esse tempo seja meu
vou te abraçar tempo
meu eterno amante
e sussurrar um segredo

......................................
Obrigada por me encontrar.

domingo, 8 de novembro de 2009

Substancialmente

.............................................................
Lembra daquela história sem fim em que não importam os acontecimentos? E nem a sucessão deles, e que não existe nada desinteressante suficientemente para não ser escrito, lido ou contado. É... A vida é substancialmente – falta algo depois do advérbio – mas o que dizer quando há o temor de que a história sem fim, tenha tido um cabo?

Não dá para fazer muito a não ser dizer um: enfim...

É possível relembrar velhos fatos, ou fazer com que aconteçam novos... – escolhas – De que forma contar uma nova história? Os mesmos protagonistas seria uma boa ideia, mas atualmente o elenco está meio desfalcado – ou está lá em outra história, não menos importante – mas a direção finalmente está em mãos adequadas.

Não é nenhum Jean-Pierre Jeunet ou Pedro Almodóvar, mas dará para quebrar um galho, ! Tem o Goddard – se depender de excentricidade – o sucesso da hitória é certo.

O fato é que essa história já foi contada, não será nem uma estreia, mas a ideia é que ocorram fatos inéditos.

Mas dessa vez, não será mencionado, o caso daquela senhora que fica sentada numa cadeira de balanço todos os dias, na varanda de sua casa analisando as brincadeiras das crianças na rua, esperando que elas dêem um passo em falso, só para delata-las as suas mães – Luiz Otávio quem o diga – , nem falar da vizinha ao lado que recebeu outro homem ontem. Afinal a vida é dela, e vai saber quantos tios ela tem não é mesmo?

Essa é a história daquela garota de botas limpas e guarda-chuvas vermelho andando na rua, numa chuva de matar afogado, e que não era a chuva o que de fato a molhava. A chuva era a metáfora do choro, por isso as botas secas e limpas, a lama era da alma, e o guarda chuva vermelho, era somente a paixão do seu peito, mas isso tenho certeza que o bom leitor entendeu...

Na história, ela sorrio, do nada e foi....
Ninguém sabe o que ela viu e nem para onde foi... Uma certeza existe, ela não foi tão longe que não pudesse voltar e não tão perto que pudesse ficar. As coisas mudaram.

Um All Star no pé que estaria branco se não fosse a enxurrada, uma jaqueta verde e passos curtos próximo a uma igrejinha simpática, sentiu-se na Europa olhando os pequenos ladrilhos do chão, com flores coloridas grudadas, e a melancolia da falta de sol, com o sopro frio da chuva de dois dias na primavera.

O caminho foi custoso, até encontrar um lugar cômodo para se sentar. Inicialmente, acomodou-se no degrau da porta da capela – capela de Santo Antônio – depois não achou bom ficar de costas para os santos, não que ela seja religiosa, não é... Só que a incomodou ficar de costas para os donos da casa. Então levantou-se, e sentou na fonte que a pouca água que tinha, era apenas a da chuva – a fonte está inativa tem algum tempo – de frente com a porta dos santos. Sentiu-se bem ali, somente com eles e a garoa nos ombros, então respirou finalmente.

Mas não aconteceu nada, nem um arco-íris, ou luz no céu, e não havia muito que fazer a não ser levantar-se dali, mas não levantou, pensou que tinha que pensar mais um tempo.

Não tem muito o que contar agora, porque realmente não aconteceu nada... Ela se levantou depois de um tempo, não chorava mais, mesmo assim levou o choro com ela, não esperava alguém, nem o que, mas só porque não dá para esperar por nada.

Ficou ali minutos que pareciam horas, não porque não queria estar ali. Só que apenas aquele lugar a cabia, não havia onde ir, nem o que buscar. Ela queria seus sonhos e certezas de volta, as promessas e juras e esperança e possibilidades. Ela gostaria de poder lutar, mas como, como que e contra quem.

Então viu que somente dava para lutar a seu favor... Ainda não decidiu desistir não dessa luta, pode ser que daqui um tempo essa luta perca a importância, mas não hoje...

E... Obviamente essa história não acabou só precisava ser contada, alguns fatos foram cortados, não pela relevância, só porque que celulares não parecem muito atrativos nesse cenário, nem SMS, enfim.

A vida é substancialmente forjada, até mesmo as coisas casuais são premeditadas, não dá para esperar o príncipe encantado e nem deixar que um trem atropele. É muito mais garantido arrumar uma mula subir nela e buscar o tal almejado, e o trem, não dá pra se jogar em tudo sem cautela, pega ele no ponto.

A garota levantou e foi... Ainda não dá para saber onde e nem sempre quem escreve, narra, conta ou dirige a história é quem vai determinar o rumo, porque fim isso com certeza não tem, porque de verdade isso não pode acabar assim...

Ainda falta estar naqueles olhos...
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Já foi

Há contradição no que sinto
Nem sei o que é
Presença, eu não tenho mais a tua presença.
O cheiro entorpecente que não sai do meu travesseiro

Abraço.
Foi embora, e não me marcou nem um beijo na cara
Queria teu peito quente pra recostar, e dizer que amo e ouvir o mesmo.
É em vão, nem todo amor do mundo pode curar.
Vejo os teus olhos, me perdia naquela profundidade,
Queria poder me perder nos teus braços.
É em vão, não posso achar que as coisas podem ser diferentes

Saudade
É o que fica, e é o que tenho para me consolar
Queria usar dos teus lábios agora roçando em meu corpo
É em vão, toda a presença física não supriria minha vontade
Vejo teus olhos agora, e me perco nessa impossibilidade

Ilusão
Acabou aquele sonho de felicidade
Queria posar naquela segurança de sempre dois
É em vão, não posso achar que isso tudo seria verdade
Não vejo nada do que você não saiba...
Mas queria acreditar na possibilidade de Amar... Amar... Amar
Enfim sós e mal acompanhados.

domingo, 13 de setembro de 2009

O dia em que eu "MORRI"


As pessoas morrem, mas ninguém retorna para contar o ocorrido. Não retornei da morte, mas narrarei o causo de minha nota de falecimento. Obviamente não como o tão famoso “defunto autor”, que escreveu sua auto-biografia pelo cabo.

O fato é que houve um dia em que eu morri, pessoas choraram, outras se assustaram, e eu fiquei surpresa. Afinal não é todo dia que se morre, e se isto acontece é necessário que sejamos os primeiros comunicados.

Como disse Guimarães em discurso após recolher os louros de sua carreira de escritor “A morte é a maior prova de que se esteve vivo”. Fato que comprovei de forma extremamente peculiar.

As vezes ouvimos dizer que pessoas são mortas por algum engano criminoso. No meu caso também foi um engano, mas acima de tudo foi um crime literal.

Eu morri, e recebi uma ligação me avisando disso, depois vi uma nota em um site, cujo endereço preservarei por ética. Enganos.

Um engano infeliz, que me custou ter que provar a minha vida... Agora porém, acho graça da morte... Acho graça da vida.

Plagio
Fiz uma nota para o site em que trabalho, havia morrido uma pessoa com gripe suína. Seria a primeira morte pela doença no município. Imagina... Bombo.

Então um outro site "colheu" a informação de maneira errada no site em que eu trabalho, e o tal (Ctrl C/ Ctrl V), resultou em uma situação desastrosa. A minha morte!
No meu orkut já tinha uma galera de luto. Ainda bem que meu pai não atua nesse lance internético.

Depois da minha editora mandar um email bem mal criado, eles consertaram o ledo engano. Mas como ela diz: “Inferno! Informação só vai, não volta”. E eu já havia morrido .


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Qual será a próxima gripe suína?


De repente: BuUUUuuM
Crise mundial. Um medo, desespero. E agora?
O ser humano tem esse hábito, um problema é O problema e ninguém diz Solução. De acordo com Freud um homem normal é neurótico por excelência. O próprio ser humano usa dessa neurose para criar, aumentar ou diminuir impactos.
Vamos lá. Crise mundial. Todos jogaram pedras no Bush, por conta do estrago no Afeganistão, daí foi só o cara lançar uma crise no mundo, para ninguém mais lembrar, dos pobres devotos de Alá. Impressionante.
Como esse cara se reelegeu?
Eeee... Posso pensar que ele se re-elegeria novamente; facilmente.
Enfim, uma campanha enorme... E uma pergunta: De quem será o abacaxi estrelado?
Surge um negro simpatizante do judaísmo. Achei engraçado... Da água pro vinho... Será que eles aprenderam com o erro?

Mas ainnnnnda... crise, crise, crise, crise, crise...
Puta que saco: crise!
Eeeeeeee de repente:
BuUUUuuM
Gripe suína. Um medo, desespero. E agora?
Cadê a crise mundial?
De acordo com João Luiz (meu pai), a tal gripe suína foi criada em laboratório e jogada no México para “tirar o foco”. Ainda segundo papai jogar o vírus mutante nos Chicos foi absolutamente estratégico, pois eram “dois coelhos numa só”, pois estaria expressamente proibida a emigração, destes tão amados e respeitados pelos EUA, e todos tirariam os olhos da grande águia.
Como diz o nosso letrado presidente “A crise é só uma marolinha”.
Nem a morte do rei abalou a gripe. Por que?

Vidas, muitas vidas em jogo. Mortes, muitas mortes em jogo.
Muita mídia, muito dinheiro.
Vacina...
Muita neurose.

Surpreendentemente ainda não vi nenhum, grande líder com suspeita de tal gripe. Quantas crises, quantas gripes ainda virão?
Eu gosto de Freud e gosto meu pai... Ambos tem muita loucura, mas um tanto de razão.
Penso que o mundo só muda, quando as pessoas mudam individualmente, o foco nunca pode ser a problemática.
Neste momento um
As crises estão diante de nós todos os dias, e adiá-las ou subtraí-las não resolve. O medo não resolve. O sofrimento não resolve.
O que resolve é continuar, trabalhar, persistir.

A crise realmente é mundial, mas não somente pelo “coprólitos” do Bush, e sim pela conduta de cada ser humano.
A galera ainda xinga negro, bate em gay, tortura gente, briga por religião. As pessoas ainda julgam e menosprezam as outras sem nem ao menos dar oportunidade a elas. As pessoas ainda mentem, e tem sentimentos inóspitos. As pessoas não acreditam mais nelas e nas outras.
O cinema se tornou tecnologia ao em vez de boas histórias.
espirro é uma explosão.
O que será necessário acontecer agora?
Coloquem suas mascaras e apreciem o voô, que não seja francês é claro.

sábado, 4 de julho de 2009

tendencias...

É bom sentir-se humano, sentir que as coisas ainda afetam. A visão de um menino sujo de roupa feia e de olhos firmes trouxe uma inquietação na vida.

O menino de roupa feia olhou nos olhos de um menino de roupa bonita. O menino de roupa feia sentiu poder ser o mesmo de roupa bonita, mas mostrou a revolta nos olhos firmes.

O menino de roupa bonita, notou a presença do outro, e não se sentiu diferente, mas também não sentiu poder ser igual.

Como julgar?

O pensamento é que vendo os olhos do menino de roupa feia, o julgamento é certamente culpado.

E vendo o menino de roupa bonita sem nada nos olhos, certamente o julgamento é culpado.

Depende dos olhos de vem vê, de quem é visto.

Os olhos firmes nada inocentes tinham uma determinação crua, o outro não viu o nascer do sol pela mesma janela, também não sentiu frio.

Nenhum dos dois tem culpa, mas possivelmente um dia, o menino de roupa bonita pode passar a ter ódio nos olhos ao ver o menino de roupa feia.

E ainda ninguém tem culpa.

E a culpa é de quem?

As pessoas são tendenciosas, tendem a maldade, o medo, o egoísmo, o preconceito.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pensando...




É...

sem calculadora eu não sei fazer conta...

só "de conta".

Depois que inventaram computadores super avançados;

qualquer um da conta de qualquer conta,

mas se "conta" nos dedos

quem da conta de gente.




...




Era uma vez...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Fraterno sorriso da abelha

A menina dos olhos mais pretos que eu conheço...
rss. Suas sardas em pele morena
é o que mais me impressiona...,
mas não é 'unica' só pelas sardas ou olhos de extrema curiosidade...,
e nem pela grafia incomum do seu nome,
que decorre um significado "bee",
É especial pela forma que amo,
e que não sou capaz de amar ninguém,
nem como,
e nem tão quanto...
é que sua vida tomou forma perto da minha...
meu umbigo, é teu umbigo...

que saudadeeee...


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Eu trabalho.com


Querido Blog, eu sei,

EU SEI!!!

te abandonei...

mas eu juro que não é atoa...

Estou trabalhando pra caralho...

Olha que orgulho!

Euzinha cobrindo um capotamento...

um beijo de quem esta com saudades!

domingo, 10 de maio de 2009

Certo biscoito?

Já faz alguns anos, mas a memória continua intacta. Ainda sinto o cheiro, ouço a voz... É, as vezes me aflijo por procurar a voz e não a encontrar e o rosto mais do que na memória vejo em mim, as vezes meu reflexo é muito perturbador por isso.

A vida é transitória, mas se repete sempre por ter o formato de um circulo, desta forma, há certos períodos que me fazem desconcertar; desconcentrar. As datas, elas me mergulham os sentimentos de modo a me afogar, surge todo meu extremo de loucura e me sinto frágil.

Odeio a exposição, odeio me mostrar, odeio que percebam que as vezes eu sinto "A Dor", então fico irritada, quero quebrar as coisas. A verdade é que tenho raiva, fico brava e eu só queria ouvir:
_ Tudo certo biscoito?

Esta proteção única me faria muito bem. Eu me sinto cansada de me defender sozinha das coisas... É eu queria ser protegida, das coisas e até de mim, queria ter aprovações e até desaprovações, contar meus méritos e esconder meus erros.

...É ... Eu tive meu primeiro namorado, meu primeiro sexo. Vesti uma roupa incrível, para uma festa fina em um lugar caro e fiquei linda.

Tive minha primeira briga e desilusão. Quis me arrumar pra balada e meu pai fez escova no meu cabelo. Acendi meu primeiro cigarro e gostei.

Fui obrigada a mudar de cidade e acabando de chegar, fiz 18 anos com amigos desconhecidos, que depois conheci e agora são eternos. Me virei e arrumei um trabalho bacana, depois fiquei entediada e mudei de cidade porque quis.

Passei no vestibular e foi a melhor sensação do mundo, conheci pessoas legais, diferentes, estranhas e não tão legais e fui estranhada também; vi de tudo, senti quase tudo, me perdi, me achei, me acharam, surpreendi e me senti surpresa diversas vezes.

Conheci um guri e me enamorei, ele se apaixonou, depois de um não namoro; namoramos. Parei de fumar.

Fiquei retida no terceiro ano da faculdade, porque me estressei e decidi não fazer as provas finais, agora carrego algumas DPs e consequências.

Outro dia tive uma conquista; o emprego que desejava, o trabalho é muito o salário não “tão”, mas a recompensa será grandiosa. Aspirante a jornalista, este é meu novo ponto de chegada, uma redação.

Vou terminar a faculdade daqui um tempo e terei a uma formatura, vou passar pelo corredor do reconhecimento e depois já partir pra outra.

Então quando estiver pronta vou me casar, se tudo der certo não será do jeito tradicional, e estarei radiante com meu guri enamorado. A gente vai trabalhar muito juntos e brigar bastante até nos adaptamos, então um dia vou enjoar e ter que fazer um exame e vai nascer meu moleque dos olhos verdes.

E serei mãe, e vou recitar infinitas vezes a palavra mãe, porque hoje ela não me sai pela boca faz anos e a sinto atrofiada. Eu nunca imaginei que sentiria falta até mais do que da presença, de chamar, gritar, pedir “mãe”

Então eu escuto a frase:
_ tudo certo biscoito?
E emburrada eu digo:
_“tá”

Hoje é mais um dia em que me lembro das conquistas, me sinto feliz por ter sido capaz delas e sobrevivi pelas erradas... a presença não... mas a referência sempre...
ETERNIZADA

Feliz dia das mães!

sábado, 2 de maio de 2009

Eu não quero isto!

As vezes penso que queria ser menos complicada, seria tão mais fácil minha vida, não ficaria tão irritada com as coisas e seria mais calma em relação as situações de stress, com certeza me magoaria menos e seria menos insatisfeita quando as coisas não saem exatamente do meu jeito, talvez eu tivesse mais momentos felizes se eu fosse menos complicada.

“Eu não quero aquele, eu não quero aquilo”

Tenho me percebido preocupada com o que as pessoas pensam a meu respeito e mais preocupada porque talvez eu não seja tão legal quanto imaginei que fosse. Reflito: não sei qual é o meu reflexo, mas não parece bom. Minha reflexão de mim até que sempre foi bacana, sempre ouvi dizer que eu sou diferente, definição bastante interessante para a minha vaidade.

Agora, me vejo descontente, não sei se porto muitas conquistas com esse meu jeito, mas francamente não sei se gostaria de mudar, sobrevivi até aqui desse jeito, sendo brava, teimosa, orgulhosa e assumo, até um pouco manipuladora, loca, pirada as vezes e intensa muito intensa. O maior problema dessa intensidade é que se é pra ser feliz eu sou a apoteose, mas se é pra ficar triste eu a personifico.

“não quero medir a altura do tombo
nem passar agosto esperando setembro

Sou sempre um extremo, porém ao dizer que não sei se quero mudar, não significa ignorar o dom da mutabilidade e evolução ofertada por Deus e sempre louvada por meus filósofos, “eu sou aquilo que deve sempre superar a si mesmo” (Nietzsche), eu quero ser melhor e é meio piegas pensar. Creio que vivencio sempre uma felicidade ilusória no qual me inseri, na verdade acredito que o ser humano por excelência é envolvido numa bolha para manter-se vivo, mas nunca quis isso pra mim.

Penso que quando não dava a mínima pro que pensavam a meu respeito, era mais feliz, mas me remete a “bolha”, talvez o “não dar a mínima” era só mais uma dessas fugas, talvez esteja filosofando demais me tornando completamente neurótica e ainda tenho uma fuga, Freud considera um homem normal, neurótico em potência, com isso deixo minha posição de anormalidade, talvez a leitura facilite as fugas de mim mesmo, só o que não quero é ser um pseudo-qualquer coisa de mim.

“Eu não quero isto, seja lá o que isto for”

Quero existir no mundo e principalmente pra mim e gostaria de ser aprovada por ambos, queria incomodar menos quem sabe, mas talvez isso signifique ausentar-me das minhas convicções. Ser diferente enaltece minha vaidade, talvez por isso esteja errado, não vejo essa diferença, mas nunca quis ser normal, o fato é que não são só os que a desgostam que a percebem, meus poucos amigos a admiram, talvez por isso eu seja especial para eles.

Estou falando, falando e talvez sem dizer nada... O que eu gostaria é de ser aceita, só isso, nunca pareceu importante, porque talvez no outro mundo em que vivia não fosse necessário, hoje porém, o mundo que habito funciona de outro modo, ainda sei que “não existem verdades absolutas”, por isso gostaria de saber o que tem de errado comigo, porque eu sei que tem algo errado com o outro, mas eu não o julgo, portanto gostaria de não ser julgado.

“quero tudo ter estrela, flor, estilo
tua língua em meu mamilo água e sal”

...Talvez por isso eles não gostem de mim. rss

sábado, 18 de abril de 2009

O que vem primeiro o ovo ou a galinha?(essa é fácil)


É terrível quando se vai a um evento e a maior observação se concentra em tudo que deu errado, sou adepta da propaganda da coca cola, “meu copo é sempre meio cheio”, e tem outra frase que se enquadra perfeitamente, essa de Chico: “um copo vazio esta sempre cheio de ar”, mas eu tenho que falar porque me revoltou.
Um certo evento começaria as 20:30, me enrolei, embacei, passei blush, discuti a relação, ou seja: um completo stress, um descontrole, um ‘tá tudo bem, ‘tá tudo certo e uma borrifada de perfume, 21:10 saí de casa, 21:20 obviamente receosa, pois é de extrema falta de educação chegar atrasada nesse tipo de convenção, na verdade em lugar algum é de bom tom, mas brasileiro já mede seu tempo com o atraso, o que é feio, muito feio. Então eu mesmo envergonhada, mas nem tanto, porque a cara de pau foi maior, eu fui, cheguei...
Havia uma mesa muito grande no palco do anfiteatro, nesta estavam sentados umas seis pessoas, fora o convidado para ministrar a palestra, (me desculpe se eu não tinha dito ainda que se tratava de uma palestra) eis que todas aquelas pessoas foram ao microfone e falaram, falaram, falaram, falaram, (isto eu sei porque me foi relatado) é isso mesmo e falaram, falaram. Como já dito por falta de educação ou sorte eu cheguei atrasada e só ouvi o ultimo que iniciou da seguinte forma: “Desejo ser breve, pois sei que vocês não estão aqui para me ouvir” (demagogias a parte, o plural só existe porque eu achei bacana escrever assim), eu odeio quando iniciam dessa forma porque se o cara quer ser breve, já corta essa frase, ele economiza letras, tempo e suspiros e é impressionante porque geralmente esse é o que mais fala.
Solenidades, solenidades. Eu sei que são necessárias pois um evento como este necessita de patrocínio e existe toda uma burocracia por trás, mas cidade pequena e em ascensão é um problema porque todo mundo quer usar a situação para auto promoção e o que seria uma palestra acaba num comício (muito provinciano) e quem passa o carão é o convidado que só conseguiu começar a falar as 21:50h. Com 10 minutos de palestra as pessoas começaram a se levantar, não por falta de educação ou desinteresse, mas pela impossibilidade devido o avanço do horário.
A frase que mais me marcou foi: “_Bom devido ao horário vou ter que dar um salto neste assunto”, isto foi dito repetidas vezes e não a toa. É necessário prestar atenção, uma referência jornalística sai lá do programa dele com muita boa vontade, e acaba contando suas experiências para meia dúzia de gatos pingados bocejantes, não pelo conteúdo ou a forma de expor a palestra, na verdade o convidado se mostrou muito dinâmico, mas o horário não permitiu algo diferente, dado início as solenidades a casa estava cheia e acredito que todos ansiavam pelo convidado, mas uma falta de organização e bom senso estragou todo um trabalho.
Então fiquei pensando... Talvez o mal habito das pessoas chegarem atrasadas aos eventos se deva a isso, porque de verdade ninguém quer ficar ouvindo: bla, bla, bla e bajulações, porém, será que fizeram as solenidades justamente para aguardar as pessoas chegarem? Não sei, mas tudo isso é muito chato e num da pra ter uma moral da estória, mas como eu disse inicialmente sou positiva e enxergo as coisas boas nas coisas ruins, se aquele monte de gente não tivesse falado tanto eu teria perdido uma excelente palestra. Eu , minoria, acho que o lance da coca cola nem rolou neste caso.

domingo, 12 de abril de 2009

eu existo.

Aquele dia que se ouve música sózinho, sem abrir a janela do quarto, me coloco beira dos últimos acontecimentos e todo sentimento que me vem é: Je suis excessive. Quero exagerar a ocasião assentimentada em que me observo, reconheço esse meu exagero, então me recordo das aulas de literatura, me percebo nada romântica, só egoísta, nesse momento creio que minha dor é toda, ao ponto de ser impossível a dor do outro ter proporção significante.
Não quero consolo e reflito: “só sei que nada sei”. Penso: “e eu, que nem sei se nada sei”, mas outra “Pessoa” antes de mim se viu sem consolo e a originalidade não me cabe, oscilo entre o descontentamento e a insatisfação de me sentir sem “ser”, se você não entende não se frustre eu também não entendo química e é custoso analisar Hamlet - é uma tragédia.
Me sinto brega: “C'est que j'existe” .

os trechos em francês são da musica L'excessive - Carla Bruni no qual fui apresentada por uma amigo.

que vergonha




Que vergonha...

..Violenta
..Esnobe
..Repressiva
orGulhosa
..Ofensiva
..Nociva
..Horrorosa
..Ameaçadora

"Certos pavões escondem de todos os olhos a sua cauda - chamando a isso o seu orgulho."(Nietzsche)

omitir-se, mostrar-se outro, o olhar pequeno, a visão estreita, os caminhos tortos, as questões incertas, as verdades tolas, o receio inédito, o tombo na areia, a saliva seca, o conceito inóspito,
o egoísmo estérico.

vergonha
ou
orgulho?


Amor
ou
Posse?












quinta-feira, 9 de abril de 2009

Emília, Emília...


cansado de tanto método, meta,
metodologia.
De tantas formas, formalidades, formatos.
ORGIA.
De tantos conceitos, preceitos.

Quem foi que disse primeiro? O correto. O reto.
Se fosse pra ser certo, EXCETO não existiria.

Método, metodologia, mandamento, prescrição.
PA-TI-FA-RIA.

Regras, regrado, regados
A ordem, ordenados.
Apunhalados pela demagogia.

NÃO SOU CORRETO.

Não sou concreto. Não sou discreto. Sou distraído. Abstrato, a
bstraído.


IMPERFEITO.
No meu pleno dever da imperfeição.

Norma, normalidades, atividades
Prescritas.
NÃO!
Gramática? pragmática
ILUSÃO.

Sábia Emília e seus besouros...


Papel em branco




Como as histórias devem acontecer? Fico pensando... Sei que elas simplesmente acontecem, e devem ser contadas, dobradas e desdobradas de maneira a serem surpreendentes, penso que a vida de todo mundo pode ser algo incrível de se saber, o lance esta em como contar isso...
Sabe aquela viúva que passa os dias observando a vida alheia? Em minha adolescência pensava que a vida da infeliz - olha só o julgamento por infeliz, vai saber... Mas, imaginava eu que devia ser muito desinteressante a história dessa criatura - vai me dizer que você também imaginava? Será a mesma vizinha? Bom, às vezes ser espectador das coisas pode ser absurdamente intrigante, todo dia um fato novo e pode haver mais de um fato num dia... Havendo coisas simplesmente inimagináveis na vida desse ser que a faça parar seu tempo para analisar o tempo alheio.
Mas não é sobre a viúva que gostaria de falar, nem sobre o tombo que acabou de levar aquele moleque danado que insiste em malinar a todo o tempo contra os pombos da praça, não que os pombos sejam boas aves ou que sejam más, só estão lá...
Certo dia na calçada estava sentada, na verdade já tinha se levantado, mas chorava incessantemente, com certeza uma hora iria parar, bom parou obviamente, incessante é só pra denotar o quanto chorava, com o cigarro meio apagado meio aceso, acho que este só estava para contribuir com o cenário de dia chuvoso e poças que realmente combinam com quem está chorando, o fato é que como estava sentada só pode ser uma garota, cabelos úmidos da garoa e talvez mais pela tristeza desconcertante, até vestida para a tristeza a moça estava, aquele jeans surrado, um casaco longo, portando um guarda chuva vermelho, aliás a única cor que se via.
Um fato que despertou certa estranheza é que suas botas de canos longos não estavam sujas e com aquela lama toda na rua de terceiro dia chuvoso, era surpreendente a limpeza daquelas botas, na verdade toda a expressão daquela cena impressionava a quem visse, difícil é pensar que ninguém ou quase ninguém a percebesse, 3h da tarde que sejam 15h numa terça-feira quinto dia útil, um tumulto de gente, mas ninguém ou quase ninguém percebesse “aquela cena”.
A vida se supera a todo instante de hora, porque de repente não mais que de repente, ela sorriu secou o rosto com as mangas de sua blusa, ela não tinha um lenço conferindo que seu choro foi de improviso e parando de chorar, a impressão que se tinha é que nesse momento até o sol se encorajaria, embora isto não tenha ocorrido, o mal tempo continuou, mas ela... Ela foi... Foi pro mundo, vencer suas guerras, foi pros seus sonhos, assim espero, na verdade nem espero nada, a vida é dela e se ela quiser sentar ou até deitar, na sua cama ou sofá ou qualquer outro lugar e chorar novamente tudo bem, mas é como que se por algum tempo, que foi naquele tempo de hora, ela tivesse que ausentar-se da sua existência naquele choro, então olhou pro céu como num alívio, como se também esperasse o sol, embora esse como já dito não deu o ar, mas algo ela viu, algo que ninguém foi capaz de enxergar porque na verdade nem estava preocupado em ver.
Enfim, o que aconteceu? Não sei, e não importa, é como aquelas piadas enormes que se espera ansiosamente pelo que esta escrito no papel que acaba por voar no precipício... A vida é um papel em branco que voa todo dia e é forma como se conta a história é que a torna um fato.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

tédio

Bla, bla, bla...................................................................................................................,
.............................................................,
-----------------------------------,
.................................................tá, tá, tá,
.......................................taaaaaaaaaa...,
O silêncio e a demora de todo dia.......,
-------------------------------------,
Paaaaaaaaaaassa......geiro...................,
outro dia................................................,
Mastiga o tempo, a hora, o sono..........,
.....................................................o som,
...............................................................,
Tuf - tuf.................................................,

.......................................................................................................................................,

Plagio!!!.........................................................................................................................,

....................................ERR!..........................................................................................,

.......................................................Brincadeira...
...Puschi.