quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nas prateleiras

As coisas deviam ser todas de conveniência 24h
Já pensou comprar sacos e sacos de bom senso ?
Contra senso seria pedir meia dúzia de desculpas
Mas encontrar nas prateleiras pacotes de coerência seria incrível
Bom seria encomendar compreensão e bondade
É engraçado!

Que tal vender amor em farmácia?!
Iria comprar comprimidos de beijos de canto de orelha
cartelas de pés que roçam um no outro
cápsulas de cheiros e suspiros
doses de palavras bandidas e beijos roubados
centenas de efervescentes de abraços e amassos
e injeção contra a saudade e fins indesejáveis
Aí pediriam receita e passariam um antipocondríaco
Pílulas de carinho não fazem mal a ninguém
É engraçado

Por que não encontrar gentileza por atacado?!
Já pensou dar de cara com respeito no balcão?!
Bons modos poderiam ser distribuídos a um bom preço em supermercados
Difícil seria pagar imposto sobre as verdades
E pedir nota de lealdade
Encontrar sinceridade pronta para consumo seria o ideal
Quem sabe sorrisos na promoção...

Enquanto nada disso está na vitrine é bom dar uma limpada no espelho...

2 comentários:

Casa disse...

Sou fascinado por sua sensiblidade para olhar os fatos "banais".

Essa prática de olhar para esses baianos de onde você olhou é com certeza um bom uso da cerveja, seja ela real ou imaginária.

Beijos.

Sarah Minini disse...

Obrigada Osmar... Cara então nada disso foi imaginário, tudo aconteceu, achei barbaro conhecer uma familia de baianos num barzinho com um violão, minhas amigas e eu nos sentimos obrigadas a nos juntar a roda, e engraçado eu só imaginava Salvador com Axé... Quão ignorante e preconceituosa eu sou. Um povo simples de fala arrastada me dando um banho de cultura e felicidade. Achei um privilégio divino participar daquele momento...